quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Debate no Programa Visão Geral

Esta semana, participei do debate promovido pelo programa Visão Geral, do Canal 10. Apesar do pouco tempo – tinha apenas um minuto e meio para falar sobre cada proposta – tive a chance de falar um pouco sobre minhas propostas. Acredito que valeu a pena. De qualquer forma, o que queria passar para o povo é que meu objetivo é lutar pelo povo: pela segurança do povo, pela saúde do povo e pela educação do povo. Os assuntos da pauta eram, saúde, educação e infraestrutura. FOTOS: José Paulo

Assim como na maioria das cidades do país, Petrópolis precisa de mais centros de especialidades médicas, pois com um diagnóstico rápido e tratamento adequado, conseqüentemente, as filas para internações também diminuiriam. Ainda na área da saúde, outra proposta é a criação de Centro Dia para Idosos. Na realidade, esse sistema já está implantado em algumas cidades e deve ser levado para todos municípios do país. Basicamente, esses centros funcionam como uma espécie de semi-internatos. Os idosos chegam pela manhã e, com uma equipe transdisciplinar, fazem diversas atividades individuais e em grupos, atividades recreativas, artesanato e, principalmente, com acompanhamento médico, fonoaudiologia e fisioterapia. Só voltam para casa no fim da tarde, garantindo maior tranqüilidade para os seus familiares, já que muitos são obrigados a se afastar do trabalho para cuidar de seus idosos.

Na educação, é necessária a implantação de projetos como a criação de Centros de Atendimentos a crianças carentes para funcionar como creches, incluindo ainda o ensino profissionalizante. Também é importante aumentar o número de vagas para os diversos cursos oferecidos pelo Cefet e pelo Cetep, principalmente, para o de informática, já que hoje em dia tudo gira em torno de um computador. Outra meta é lutar pela expansão do número de vagas do Prouni nas universidades particulares e, principalmente, pela vinda de mais uma universidade pública para o município, principalmente nesse momento em que serão ampliadas as vagas no mercado de trabalho, por conta da criação do Distrito Industrial da Posse. Hoje temos apenas o IST – Instituto Superior de Tecnologia em Ciências da Computação. Essa nova universidade ofereceria cursos de administração, direito, engenharia mecânica, civil e elétrica, e etc...Além destas, em minha opinião, uma das principais necessidades é a padronização do ensino, garantindo que não haja diferença no aprendizado oferecido entre escolas públicas e particulares. Essa diferencia coloca os alunos de escolas públicas em mais esta desvantagem. Prova disso são os resultados do Ideb, que estipula metas para serem alcançadas até 2021 em torno da nota 6,0,nível comparável ao dos países mais desenvolvidos. Mas, já em 2005, em sua primeira edição, entre os alunos da rede particular, registrou-se uma nota média de 5,9, tanto para os anos iniciais quanto para os anos finais do Ensino Fundamental, próxima daquela a ser alcançada ainda em 2021. Enquanto isso, entre os alunos da rede pública de ensino, a média foi de 3,2 em 2005, 3,5 em 2007 e 3,7 em 2009. No Rio de Janeiro os números são parecidos. Em Petrópolis, os números são um pouco melhores e, em 2009 a média chegou a 4,6, mas é ainda é baixo. Para melhorar, depende do empenho do professor, que só será estimulado com salários dignos e condições de trabalho. Até porque, são eles também são responsáveis pela formação de bons cidadãos.

Infraestrutura

Já no caso da infraestrutura vai desde o saneamento básico ao transporte, construção de casas populares, segurança, e etc. No caso de Petrópolis, várias intervenções estão sendo feitas, mas é preciso um investimento maior em todos estes setores. No caso do saneamento básico, como exemplo, podemos citar o Alto Independência. Um dos bairros mais populosos da cidade, onde estimasse que residam mais de 30 mil pessoas, ainda sofre com a falta de tratamento de água, canalização e tratamento de esgoto. Na Comunidade Maria de Lima, a situação é ainda mais grave e atinge diretamente a questão ambiental. Tanto pela falta de recursos, quanto pelo meio ambiente, aquelas famílias precisam ser retiradas de lá. Instaladas em locais adequados. São famílias carentes, com pouco ou nenhum recurso financeiro. Dependem da contemplação de casas populares. Tocando neste assunto, chegamos à questão da habitação. Enquanto no governo Rosinha X Garotinho foram entregues mais de 30 mil casas populares, até agora o atual governo do Estado entregou pouco mais de duas mil, o que não é suficiente. Para se ter noção do problema, apenas em Petrópolis são mais de 10 mil famílias morando em áreas de risco. Ou seja, o déficit em Petrópolis é de, no mínimo, 10 mil casas. Meu objetivo é lutar por mais repasses de verbas federais e garantir a construção de um número maior moradias. Hoje, a construção de uma casa popular gira em torno de R$ 25 mil, ou seja, são necessários R$ 250 milhões. Se começarmos a trabalhar imediatamente, é possível que em pouco mais de cinco anos, todas estas famílias tenham sido beneficiadas. É lógico que, além do governo federal, este trabalho tem que ser feito em parceria com municípios e governo do Estado. O orçamento da União para 2010 foi reduzido em 55% à verba federal para obras preventivas a desastres, que incluía drenagem e desassoreamento dos Rios. Temos que estar lá para impedir que isso volte a acontecer. Todos esses fatores influem diretamente na área da segurança dos municípios. Como deputado federal, terei a chance de apertar o governador para garantir o reforço no efetivo do batalhão de Petrópolis e mudanças no atual esquema de policiamento em todo estado, que atualmente prioriza apenas o patrulhamento ostensivo. O trabalho de investigação que pode ser realizado pela P2 deve ser incentivado porque somente com os bandidos sendo presos é que garantiremos a segurança não só de Petrópolis, mas de todos os municípios da Região Serrana. Na época em que estive a frente do 26º BPM, consegui colocar Petrópolis como a quinta cidade mais segura do país e a primeira do ranking de controle a criminalidade. Meu objetivo é levar esse mesmo modelo de trabalho implantado na minha época em Petrópolis, para todos os municípios do estado, inclusive para a capital, onde a situação se agrava a cada dia.
A expansão dos incentivos fiscais para outras áreas do município também é importante. Hoje, Petrópolis tem apenas o Distrito Industrial da Posse. É preciso expandi-lo. Atualmente, apenas o setor têxtil tem o incentivo fiscal do Estado já certo. O próximo poderia ser o pólo moveleiro, por exemplo, que também é forte na cidade. Ainda é preciso lutar pela expansão do número de vagas dos cursos profissionalizantes e a vinda de mais cursos para o Cefet e Cetep. “É mão de obra qualificada da própria cidade, fazendo girar o dinheiro da própria cidade e movimentando outros setores, desde serviços como cabeleireira, manicure, pedreiro, padaria, comércio em geral, até grandes empresas, melhorando a situação para todo mundo”.

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